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sábado diferente

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Mensagem  pauaz Ter Jun 09, 2009 6:46 am

Tenho por hábito levantar-me cedo. De segunda a domingo, acordando, sou incapaz de ficar na cama, até porque, devido ao meu (embora não aparente) nervosismo, sou incapaz de estar quieto, o que acaba por prejudicar quem quer, precisa, e merece descansar.

Um dia na minha vida pessoal, por exemplo, um sábado, levanto-me por volta das 06,30h/7,00h, desço ao andar inferior e, rumo à cozinha, começo por comer uma ou duas peças de fruta, ou então beber um copo de sumo de laranja (qual manjar dos Deuses), que mais parece limpar-me o corpo e a alma, do que propriamente tirar-me do jejum.

De seguida e como é óbvio, trato da minha higiene pessoal.

Apesar de não ser nada amigo de ajudar nas tarefas caseiras, vou arrumando o que vejo fora do sítio e, normalmente, tiro a louça da máquina, que fica a trabalhar durante o período da noite, para se poupar no gasto da energia eléctrica.

Preparo a máquina do café, o fervedor com o leite, e ponho a mesa para logo que chegue o padeiro, ir chamar a Bela para tomarmos juntos o pequeno-almoço. Feito isto, ela volta para o aconchego dos lençóis, e eu dirijo-me ao fundo do quintal onde tenho a garagem, e onde se encontra a casa dos meus amigos “Weimarener”, Nina e Nilo, (cães, está-se mesmo a ver) respectivamente mãe e filho. Recentemente hospedou-se cá em casa um Labrador. Enfim, em casa de pobre há sempre lugar para mais um

De cauda a abanar e a meterem-se à minha frente, quase a não me deixarem progredir em direcção ao portão, levo-os a dar uma volta demorando cerca de quinze a vinte minutos, regressando então a fim de lhes saciar a fome.

Tiro os carros para fora, rego quando necessário um pequeno jardim que existe na entrada principal, e pego na bicicleta para dar uma pequena volta, ora virado a Sul até à Granja ou Espinho, ou a Norte, até ao Cabedelo.

Quando regresso, já a Bela está pronta para cumprir um ritual que dura há sete anos, que é irmos enfeitar o jazigo de família, onde se encontra sepultado o seu irmão mais novo, que faleceu com 27 anos de idade.

Normalmente vamos a casa da minha sogra, e depois regressamos já perto da hora de almoço.

Em bom tempo me inscrevi no CNO, pois tenho sempre que fazer, fugindo assim às tais tarefas que pouco ou nada têm a ver comigo.

Acabo sempre por dar uma mãozinha e embora não me sinta obrigado, sinto-me na obrigação de o fazer.


Isto vai durando a tarde toda, até que o sol se digne ir iluminar outra parte do nosso planeta. Claro está, que sempre que posso, invento uma desculpa para fazer um intervalo nas lides domésticas, vindo cá fora com os cães, ou improvisando qualquer coisa que me tire de dentro de casa.

Não saio, a não ser depois de jantar para ir caminhar um pouco ou, uma vez que a Bela vai caminhar com uma vizinha, ir de bicicleta dar mais umas voltinhas ali pela zona onde moro, e que é muito bonita.

Muito raramente vejo televisão, a não ser que tenha conhecimento que vai passar algum programa que aprecie.

Actualmente, e até me deitar, vou para o computador, onde tenho passado grande parte do meu tempo a fazer os meus trabalhos do CNO, tendo mesmo posto de parte outros que, não sendo tão importantes, me davam igual prazer.

Aproveitando este espaço, e não sabendo muito bem porquê, sinto necessidade de relatar este pequeno episódio, do qual só eu tenho conhecimento, por ter sido nele interveniente. Este sábado e domingo, que antecedeu o feriado do dia de Portugal, poderia ter sido igual a tantos outros, mas foi ligeiramente diferente.

Na caminhada com os meus fiéis amigos, reparo que a parede da casa de uma conhecida, e não menos polémica figura da nossa televisão, está com escritos, em letras garrafais, impróprios ao olhar do mais comum dos mortais.

A pessoa em causa está ausente por motivos profissionais. Mas não só pensando nela, e no que sentiria ao ver tamanha obscenidade, lembrei-me que nesta época do ano são muitos os carros que procuram lugar de estacionamento neste lugar, aqui junto à praia.

Vejo-me corar, se fosse pai de uma criança com sete ou oito anos, já a saber ler e sem saber o significado de tais palavras, perguntar-me o que era aquilo, e se a (?) era o que dizia ali na parede.

Como sou madrugador, e não havia ninguém na rua para julgar o meu gesto, fui a casa, peguei numa lata de tinta e num pincel e pintei a parede de outra cor. Ficou mais ou menos, a pintura. Mas a tinta negra, e a negra frase não desapareceram por completo. Daí que na manhã seguinte, bem cedo, e antes de levar os cãezinhos a passear, fui dar, como qualquer pintor que se preze, a segunda-de-mão. Fico apenas esperançado que ninguém descubra quem foi o pintor de meia-tijela que fez aquilo, pois poderiam obrigar-me a pintar a casa toda.


Voltando ao meu sábado rotineiro, depois de fazer a barba, e tomar um duche, subo ao quarto e…

Boa Noite.


bravo
pauaz
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